Robinho é preso em Santos após STF negar pedido de habeas corpus
A defesa de Robinho recorreu ao STF para protocolar um habeas corpus, mas o ministro Luiz Fux negou o pedido. O magistrado entendeu que não houve ilegalidades no processo para justificar a concessão.
"Não se constata, de plano, a alegada violação ao devido processo legal, à ordem pública ou aos instrumentos internacionais que disciplinam a cooperação jurídica em matéria penal", justificou Fux.
Após se entregar, Robinho foi levado à sede da Polícia Federal em Santos.
"O preso passará por exame no IML, por audiência de custódia e será encaminhado ao sistema prisional", disse a PF em nota. O ex-jogador da Seleção Brasileira cumprirá a pena no complexo penitenciário de Tremembé, em São Paulo.
Entenda o caso
O crime de Robinho ocorreu em uma boate de Milão em fevereiro de 2013, quando o ex-atacante jogava no Milan. Ele e outros cinco amigos estupraram uma jovem albanesa no local.
A Justiça da Itália condenou Robinho em 2017, em primeira instância, a nove anos de prisão. A sentença foi transitada em julgado em 2022, mas o ex-jogador já havia retornado ao Brasil. O país europeu chegou a solicitar a extradição do condenado. A Constituição brasileira, porém, não prevê essa medida para seus cidadãos natos.
Com isso, os italianos pediram ao Brasil a homologação da sentença e a transferência da execução da pena, para que Robinho cumprisse os nove anos de prisão em seu país de origem. Na última quarta (20), nove dos 11 magistrados do STJ votaram a favor da transferência e abriram o caminho para a detenção do ex-jogador.