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Ronnie Gibbons, ex-jogadora do Fulham, acusa Mohamed Al-Fayed de assédio sexual

Mohamed Al-Fayed foi acusado por dezenas de mulheres de assédio sexual
Mohamed Al-Fayed foi acusado por dezenas de mulheres de assédio sexualProfimedia
A ex-jogadora do Fulham, Ronnie Gibbons, acusou Mohamed Al-Fayed, o ex-dono do clube londrino, de assédio sexual. O empresário egípcio morreu em 2023 e é alvo de inúmeras alegações semelhantes.

Gibbons se manifestou pela primeira vez em um artigo publicado pelo The Athletic, na sexta-feira (18), e afirma que foi violada duas vezes aos 20 anos. Os casos teriam acontecido no escritório dele, na loja de departamentos Harrods, da qual era proprietário.

O bilionário primeiro chamou a ex-capitã da equipe inglesa ao escritório, com o pretexto de que seus filhos queriam falar com ela sobre futebol. Durante a entrevista, Al-Fayed a fez sentar em seu colo, acariciou-a e tentou beijá-la.

No segundo momento, ele tentou beijá-la novamente à força, acariciando a jovem com a mão, do rosto até a cintura, antes que ela conseguisse se libertar e fugir do escritório.

Gibbons explicou que não relatou o incidente na época para não prejudicar o futuro do time. "Senti uma enorme responsabilidade sobre meus ombros porque tínhamos acabado de nos tornar profissionais", disse.

"Tudo dentro de mim gritava 'Ronnie, você precisa ir embora', mas eu não podia, porque teria sido responsável pela perda do emprego de todas aquelas mulheres e pela queda do Fulham Ladies", completou.

A equipe de advogados Justice for Harrods Survivors, que representa mais de 100 mulheres que acusam Al-Fayed, anunciou que novas revelações sobre o clube londrino vão acontecer "na próxima semana".

"O que a ex-capitã do Fulham, Ronnie Gibbons, foi forçada a viver nas mãos de Mohamed Al-Fayed é outro exemplo horrível dos terríveis abusos cometidos com a ajuda e a cumplicidade das empresas que ele possuía", afirmou o grupo.

"Condenamos absolutamente todas as formas de abuso. Ainda estamos no processo de determinar se alguém no clube é ou poderia ter sido afetado por Mohamed Al-Fayed de alguma forma, como foi visto recentemente na imprensa", disse o Fulham em comunicado.

Após a transmissão de um documentário da BBC em setembro, os depoimentos de mulheres acusando o milionário de estupro e agressão sexual se multiplicaram. Mais de 200 mulheres estão em negociações para chegar a um acordo com a Harrods, segundo a empresa.