O mais alto tribunal do esporte apontou nesta sexta-feira (24) que a RUSADA apresentou um recurso buscando uma decisão que sancione Valieva depois que o tribunal disciplinar do órgão antidoping da Rússia considerou a adolescente inocente de qualquer infração de doping.
O CAS também confirmou os recursos da International Skating Union (ISU) e da World Anti-Doping Agency (WADA), anunciados pelos órgãos no início desta semana, contra a decisão que considerou a atleta "sem culpa ou negligência".
Valieva testou positivo para a substância proibida trimetazidina no campeonato nacional russo em dezembro de 2021, mas o resultado só foi divulgado em 8 de fevereiro de 2022, um dia depois de a atleta ajudar sua equipe a ganhar uma medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim.
Em sua defesa, Valieva disse que o teste positivo foi resultado de uma confusão com o remédio de seu avô para o coração.
Uma investigação da RUSADA divulgada em janeiro reconheceu que Valieva falhou em um teste de drogas, mas determinou que a adolescente não era culpada de nenhuma infração de doping.
"A RUSADA busca uma decisão do CAS anulando a decisão contestada e concluindo que a atleta cometeu uma violação da regra antidoping sob as regras antidoping da RUSADA e sancionado com 'as consequências apropriadas'...", disse o CAS em um comunicado.
A RUSADA acrescentou que as consequências "podem incluir ou limitar-se a uma repreensão".
Apesar do teste positivo, o CAS liberou Valieva para continuar competindo nos Jogos de Pequim no individual feminino, mantendo uma decisão anterior da RUSADA de suspender a proibição da patinadora.
Durante os Jogos de Pequim, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu que nenhuma medalha para o evento de patinação artística por equipe seria entregue até que o caso de Valieva fosse resolvido.