O 20 vezes campeão de Grand Slams se aposentou do esporte em setembro, depois de viajar ao redor do mundo várias vezes durante uma carreira que durou quase um quarto de século.
Enquanto Federer estava a um mês de completar 40 anos quando disputou sua última partida oficial de simples, o suíço admitiu que a cobrança de títulos e pontos no ranking semana após semana pode afetar os jogadores. "Você deve mostrar força. Mas não somos máquinas, somos seres humanos", disse Federer em entrevista coletiva em Tóquio.
“Quando os jogadores se aposentam muito jovens, eu entendo totalmente. Vemos isso de vez em quando. Eu sempre sinto que é uma pena, porque ainda pode haver tanta coisa acontecendo no futuro.
"O tour é difícil... as viagens, os treinos, o jetlag. Ninguém pode dizer 'estou cansado hoje', porque parece que você está fraco, e é por isso que os jogadores às vezes acabam com problemas mentais ."
Vários profissionais do tênis falaram sobre suas lutas com a saúde mental, incluindo Naomi Osaka (25) e Nick Kyrgios (27), enquanto Ash Barty (26) chocou o mundo do tênis no início deste ano, quando se aposentou do esporte menos de dois meses depois vencendo o Aberto da Austrália com apenas 25 anos.
Federer acrescentou que o rígido regime de doping também pressiona os jogadores, que precisam informar as autoridades relevantes sobre seu paradeiro diariamente. "Temos que preencher os formulários de doping todos os dias, uma hora durante o dia, onde você estiver", disse o suíço.
"Você está sempre ciente de que eles podem chegar a qualquer momento, especialmente naquela hora. Acho que não estava muito ciente disso, o quanto esse pensamento está sempre lá e acompanha você, até você se aposentar e então perceber que todo o estresse desaparece.”