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Shelton vence Popyrin, cala torcida e vai às oitavas do Aberto da Austrália

Ben Shelton derrotou tenista da casa e segue fazendo história na Austrália
Ben Shelton derrotou tenista da casa e segue fazendo história na AustráliaAFP
O tenista norte-americano Ben Shelton deu uma aula no saque para derrotar o favorito local Alexei Popyrin por 6-3, 7-6(4) e 6-4, neste sábado (21). Esta é a primeira vez que o competidor estadunidense avança às oitavas de final de um Grand Slam em sua carreira.

Shelton nunca havia viajado para disputas fora dos Estados Unidos até este ano e mal chamou a atenção nos torneios de aquecimento em Adelaide e Auckland antes de entrar em cena em Melbourne.

Veja como foi a vitória de Ben Shelton sobre Alexei Popyrin

O jogador, de 20 anos, foi praticamente imparável no saque, fechando a porta em todas as oportunidades que Popyrin teve de quebra. O americano ainda teve 34 winners em frente a uma multidão que esperava ver outra classificação de um tenista da casa no torneio. 

"Eu sei que vim do tênis universitário e realmente pensei que seria difícil jogar diante de uma torcida adversária, mas este estádio possui algo especial", disse um sorridente Shelton.

"Eu sei que vocês estavam torcendo para o tenista local hoje e eu não tinha a maior parte da torcida do meu lado", acrescentou ele, mesmo com os torcedores o celebrando em aprovação.

Novak Djokovic e Andy Murray estavam em ação ao mesmo tempo na Rod Laver Arena e na Margaret Court Arena, mas a John Cain Arena ainda teve um grande público. Alex de Minaur, tenista local, pediu aos torcedores que fossem apoiar Popyrin, conhecido como "Popeye".

"Nós, australianos, ficamos juntos", disse De Minaur em uma entrevista pós-jogo, depois que os torcedores da casa o assistiram derrotar Benjamin Bonzi na Rod Laver Arena.

Uma multidão colorida entrou em ação, emplacando até mesmo a famosa "ola" em um dos pontos, mas eles foram rapidamente silenciados quando Shelton obteve uma quebra no meio do set inicial. O grito de comemoração do americano ecoava pela arena.

Os fãs encontraram sua voz novamente no segundo set, quando Popyrin levou para o tiebreak, mas Shelton não se intimidou, silenciando-os novamente com seu poder de fogo e sutileza, fechando o set com outro rugido.

Os torcedores ficaram consternados quando Popyrin se distanciou na disputa com o norte-americano e sua contagem de erros não forçados aumentou, dando a Shelton a vantagem. O tenista da casa acabou encontrando a rede no match point e deu ao jovem adversário a vitória em exatamente duas horas.

Um ano atrás, Shelton estava em 570º lugar, mas agora subiu para o top 100 e pode até chegar ao top 50 com uma boa sequência no torneio - uma conquista fenomenal para alguém que não queria jogar tênis até a adolescência.

"Nos primeiros 12 ou 13 anos da minha vida, jurei que nunca jogaria tênis. Isso era coisa do meu pai e não minha", disse ele, referindo-se a seu pai Bryan, que obteve como maior feito a posição 55 no ranking da ATP na década de 1990.

"Mas sim, eu meio que me apaixonei pelo esporte e aqui estou eu. Então, espero seguir carreira no esporte", finalizou Shelton.