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Superliga começa com indefinição de desafio "manchando" o torneio

Superliga começa com indefinição de desafio "manchando" o torneio
Superliga começa com indefinição de desafio "manchando" o torneioCBV - Divulgação
Há seguidos anos, a Superliga brasileira de vôlei se mantém como uma das principais do mundo. A tradição do Brasil na modalidade aliada à força dos atletas locais faz com que o torneio seja um atrativo para jogadores, clubes, patrocinadores e público. Os confrontos masculinos começam nesta sexta-feira, enquanto as mulheres pisam na quadra pela primeira vez no dia 28. O jogo de abertura será entre o atual campeão Sada Cruzeiro enfrentando o novato Rede Cuca (CE), às 20h30, com transmissão do Sportv2.

Ao mesmo tempo, os avanços necessários para uma competição deste porte não acontecem na velocidade desejada. Na verdade, alguns retrocessos seguem acontecendo em algumas temporadas, mostrando a distância que ainda existe para o cenário ideal. 

Confira os jogos da Superliga masculina de vôlei

Na data de início da competição, ainda não existe uma definição sobre como a ferramenta do desafio será usada. A reportagem do FlashScore News fez contato com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para saber como se daria este funcionamento, sem conseguir um retorno após seguidos dias. Nas últimas temporadas, a Superliga "patinou" com o aparelho, usando de forma permamente somente a partir das quartas de final.

Foram vários os duelos em que a tecnologia fez falta, com as marcações de muitas jogadas, por parte dos árbitros, sendo impossíveis de serem 100% precisas, tamanha velocidade dos lances.

Confira os jogos da Superliga feminina de vôlei

Na fase de classificação, o desafio aparecia somente nas partidas de alguns times mineiros dentro de casa. Isso porque, há alguns anos, o Sada Cruzeiro adquiriu, por conta própria, alguns aparelhos e o utiliza nas suas partidas em casa, além de cedê-los para outros times do mesmo Estado. 

Para esta temporada, a tecnologia, já fixa nas principais ligas do mundo, parece que começa a se estabilizar no cenário brasileiro. Isso porque, até onde a reportagem da FlashScore News chegou, a CBV resolveu, finalmente, adquirir aparelhos por conta própria. Não foi informado, até o momento, o número exato, com oito sendo a quantidade mais provável. Desta forma, mais jogos contariam com a tecnologia, mas não todos.

O critério da CBV seria priorizar o uso da ferramenta para as partidas transmitidas pela TV. Os times que não tivessem sua partidas televisionadas, que seguissem dependendo dos acertos da arbitragem. Além do Sada Cruzeiro, que seguirá tendo o desafio presente em 100% dos seus jogos em casa, a mesma situação vai acontecer com o Dentil Praia Clube, no feminino, e entidade que firmou parecia recente com o time celeste.

"O desafio torna o jogo mais justo, acontece menos ruído entre as equipes e o árbitro. Quando jogávamos fora de casa, sem o desafio, era estranho. A responsabilidade do bom andamento do jogo ficava muito nas mãos dos árbitros. As bolas duvidosas geram sempre expectativa se a decisão do árbitro será assertiva ou do jogador envolvido acusar um toque. Não é fácil pra arbitragem levar um jogo sem o desafio, jogar sem ele faz falta sempre", comenta Nery Tambeiro, técnico do Itambé Minas. 

Decisão novamente em jogo único

O maior passo atrás dado na atual temporada foi em relação à grande decisão. Depois de seguidas temporadas com a final acontecendo em jogo único, os times tiveram uma importante vitória na temporada 2017/2018, quando o campeão foi conhecido após mais de um embate.

Este era um pedido antigo dos participantes para dar mais mérito ao novo campeão. Para a atual temporada, a decisão volta a acontecer em apenas uma partida, uma decisão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) em acordo com os clubes, que parece não ter agradado a todos.

O incidente da final da última temporada parece ter influenciado na "novidade". O Minas, responsável por decidir o local das suas partidas como mandante, contra o Cruzeiro, tomou a decisão com extremo atraso, incomodando organização, fãs e adversários. Dos três jogos da final, dois foram transmitidos em TV aberta. 

"Brigamos muito para ter uma final em três jogos, dando mais visibilidade aos patrocinadores e acabamos entregando de volta o controle da final em jogo único. Prefiro três jogos na final e nos cabe atender ao que foi determinado", comenta o técnico Filipe Ferraz, do Sada Cruzeiro, hepta campeão nacional.Na final, o Cruzeiro levou a melhor sobre o rival Itambé Minas, que também tem seu treinador preferindo a decisão em mais jogos.

"Acho que o modelo do ano passado foi ótimo, melhor de dois jogos vencedores com a TV aberta passando os jogos", lembra Nery Tambeiro. Uma vantagem da final em jogo único, reforçada pela CBV, é a transmissão em TV aberta, situação que não era possível com o embate de maior relevância em mais de um encontro. Neste caso, o lado comercial parece ter falado mais alto do que a parte técnica e tática após uma longa temporada, que acaba sendo definida em cerca de duas horas. 

"A temporada passada marcou o retorno da Superliga à TV aberta depois de três anos. Um jogo único, que vai exigir o máximo das equipes. Um grande evento, com emoção de sobra para os torcedores. A Superliga é a única competição nacional, além do futebol, que tem essa visibilidade. Uma conquista para os clubes e para seus patrocinadores", diz Marcelo Hargreaves, diretor de Superliga e Novos Negócios da CBV. 

Liga forte e competitiva

Em quadra, um bom nível técnico na maioria dos times, com destaque para os mineiros. No masculino, Sada Cruzeiro e Itambé Minas, finalistas da última edição, são dois dos protagonistas, assim como o Vôlei Renata (SP), que acaba de vencer o Campeonato Paulista. Sesi (SP) e Vedacit Guarulhos (SP) têm tudo para incomodar, assim como o Apan Eleva Blumenau (SC).

"A Superliga masculina, em se tratando de nível técnico, é a a terceira ou quarta liga do mundo, na minha visão. Temos poucos estrangeiros de nível jogando aqui. E nossos principais jogadores da seleção jogam fora do país", analisa Tambeiro. 

No feminino, Gerdau Minas e Dentil Praia Clube se enfrentam na decisão há quatro anos, deixando claro sua superioridade sobre as rivais. Sesc Flamengo (RJ), Sesi Bauru (SP) e Osasco (SP) seguem sendo os principais concorrentes pelas primeiras posições. 

Entre os nomes de destaque, referências como dos medalhistas olímpicos Wallace e Lucão, do Sada Cruzeiro, além de William e Vissotto, do Minas. Entre as mulheres, representam a seleção brasileira Carol e Tainara, do Dentil Praia Clube, além de Pri Daroit, Kisy e Carol Gattaz, do Minas. 

Confira os times da Superliga masculina

Sada Cruzeiro (MG)

Itambé/Minas (MG)

Sesi-SP

Vedacit Vôlei Guarulhos (SP)

Apan/Eleva Blumenau (SC)

Vôlei Renata (SP)

Farma Conde Vôlei São José (SP)

Montes Claros América Vôlei (MG)

Brasília Vôlei (DF)

Suzano Vôlei (SP)

Uberlândia Vôlei/Praia Clube (MG)

Rede Cuca (CE)

Confira os times da Superliga feminina

Gerdau Minas (MG)

Dentil/Praia Clube (MG)

Sesi Vôlei Bauru (SP)

Sesc RJ Flamengo (RJ)

Osasco São Cristóvão Saúde (SP)

Fluminense (RJ)

Barueri Volleyball Club (SP)

Pinheiros (SP)

Brasília Vôlei (DF)

Unilife Maringá (PR)

Energis 8 São Caetano (SP) 

Abel/Moda Vôlei (SC)