A A22 disse que conversou com 50 clubes europeus e outras partes interessadas desde outubro, e divulgou nesta quinta os resultados preliminares de um novo formato para o campeonato.

"A grande maioria deles compartilha a avaliação de que a fundação do futebol europeu está ameaçada, e é hora de mudar", comunicou a A22.

"O feedback sugere uma liga de futebol europeia aberta, baseada exclusivamente no mérito esportivo, multidivisional e com 60 a 80 clubes e um mínimo de 14 jogos europeus garantidos por clube", continuou a declaração.

"Nosso objetivo é apresentar um projeto esportivo sustentável para competições de clubes europeus disponível para, no mínimo, todos os 27 Estados-Membros da União Europeia o mais rápido possível após a sentença", disse Reichart.

A22 disse que 10 princípios emergiram das discussões, incluindo a melhoria da competitividade, sustentabilidade financeira e experiência dos torcedores.

Vento contrário

A Associação dos Clubes Europeus (ECA) rejeitou a nova proposta, dizendo que a Superliga vive numa "realidade paralela" e que no "mundo real, essa ideia requentada já foi revista e rejeitada por todos os membros em 2019".

Segundo a ECA, a tentantiva de ressuscitar a Superliga é uma "tentativa distorcida" de desestabilizar o futebol do continente.

O presidente da Liga espanhola, Javier Tebas, um oponente ferrenho da Superliga, disse que o plano só favoreceria os grandes clubes.

"A Superliga é o lobo, que hoje se disfarça de avó para tentar enganar o futebol europeu, mas seu nariz e seus dentes são muito grandes", tuitou Tebas nesta quinta-feira.

"Quatro divisões na Europa? Claro que a primeira para eles, como na ‘reforma’ de 2019. Governo para os clubes? Claro que só os grandes (vão mandar)", acrescentou.

A Associação de Torcedores de Futebol (FSA), que representa torcidas na Inglaterra, disse que o plano de Reinhardt não tem nenhum apoio dos torcedores do continente.

"O cadáver ambulante que é a Superliga Europeia volta a chacoalhar com toda a consciência que tem um zumbi", disse o chefe executivo da FSA, Kevin Miles.

“Já existe uma competição aberta para os melhores clubes da Europa - chama-se Liga dos Campeões", concluiu ele.

A22 disse que havia 10 princípios que emergiram das discussões, incluindo a melhoria da competitividade, o financiamento

Caso na Justiça

Doze clubes da elite do futebol europeu que anunciaram a Superliga em abril de 2021, mas a liga separatista desmoronou em 48 horas após protestos de torcedores, governos e jogadores.

Apenas Real Madrid, Barcelona e Juventus se mantiveram no projeto e a Superliga levou o caso para a justiça.

Um tribunal de Luxemburgo está avaliando se a lei da União Europeia permite que FIFA e UEFA proíbam clubes e jogadores de se associarem a eventos rivais.

O regulamento da Premier League impede seus clubes de entrarem em competições que não são governadas pela UEFA e, portanto, as equipes inglesas não devem participar da Superliga desta vez (ao contrário de 2019), pois seriam expulsos da liga nacional.