Tagovailoa sofre lesão na cabeça em derrota dos Dolphins para os Bengals
Antes mesmo do jogo começar, o alerta sobre a condição de Tagovailoa já estava ligado, depois de ser avaliado por outra possível concussão durante o jogo de domingo contra o Buffalo Bills.
Nesta quinta-feira, o jovem jogador havaiano deixou o campo no segundo quarto da derrota dos Dolphins por 27x15.
Tagovailoa recebeu uma forte pancada do defensor Josh Tupou, na qual caiu para trás e bateu a cabeça no gramado do Paycor Stadium em Cincinnati, Ohio.
O quarterback permaneceu em campo por cerca de 10 minutos antes de ser retirado da maca e levado ao Centro Médico da Universidade de Cincinnati para ser avaliado por lesões na cabeça e no pescoço.
Em sua conta no Twitter, os Dolphins informaram que seu jogador estava "consciente e se movendo em todas as extremidades" e, após o final do jogo, anunciaram que ele seria dispensado e voaria para Miami com o resto do time na quinta-feira à noite.
O incidente assustador, no entanto, jogou holofotes de volta aos riscos de concussões e outros ferimentos na cabeça no futebol americano e nas medidas de prevenção da NFL.
A NFL na mira
No domingo, o próprio Tagovailoa deixou o campo durante a vitória dos Dolphins sobre os Bills depois de levar uma forte pancada no primeiro quarto.
O jogador foi autorizado a retornar ao jogo apesar de parecer atordoado e sem equilíbrio até para caminhar. Mais tarde, a comissão técnica negou que ele tenha sofrido uma concussão e disse que era uma lesão nas costas.
Este diagnóstico foi recebido com grande ceticismo entre os especialistas e a associação de jogadores da NFL, que abriu uma investigação sobre o incidente.
Chris Nowinski, diretor executivo da Concussion Legacy Foundation, uma organização sem fins lucrativos que apoia atletas e outras pessoas afetadas por concussões, pediu que Tagovailoa não jogasse na quinta-feira.
"Se Tua entrar em campo esta noite, é um grande retrocesso para o tratamento de concussões na NFL", escreveu Nowinski no Twitter antes do jogo.
Após a remoção de Tagovailoa da partida, Nowinski escreveu: "Eu previ isso e odeio estar certo. Duas concussões em cinco dias podem matar alguém... Isso pode acabar com carreiras. Como somos tão estúpidos em 2022?"
A NFL, submetida a grande escrutínio público sobre esse assunto, concordou em 2015 em pagar US$ 1 bilhão para resolver milhares de ações judiciais de ex-jogadores com problemas neurológicos.
No jogo de quinta-feira, Teddy Bridgewater substituiu Tagovailoa, mas não conseguiu evitar que os Dolphins sofressem sua primeira derrota nos quatro primeiros jogos da NFL contra os Bengals, vice-campeões no último Super Bowl.