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Televisa chega a acordo de US$ 95 milhões com investidores após suborno na FIFA

Josias Pereira, com informações da Reuters
Direitos de transmissão da Copa do Mundo são o motivo de disputa
Direitos de transmissão da Copa do Mundo são o motivo de disputaFIFA/Divulgação
O Grupo Televisa SAB chegou a um acordo de US$ 95 milhões para encerrar o processo de um investidor norte-americano que acusava a emissora mexicana de subornar dirigentes da FIFA para ganhar os direitos de TV de quatro edições da Copa do Mundo.

O acordo preliminar totalmente em dinheiro com os detentores da American Depositary Receipts (ADRs) da Televisa foi arquivado na noite dessa terça-feira (28) no tribunal federal de Manhattan e requer a aprovação de um juiz.

A Televisa foi acusada de inflar artificialmente o valor dos direitos na ADR ao ocultar como planejou obter os direitos da Copa do Mundo de 2018, 2022, 2026 e 2030 por meio de suborno, enquanto divulgava publicamente seu compromisso com práticas comerciais éticas. A FIFA é o órgão que rege o futebol mundial.

Os investidores disseram que sofreram perdas quando o suborno se tornou conhecido durante os julgamentos de corrupção no Brooklyn, em Nova York, fazendo com que o preço da ADR caísse.

A Televisa negou irregularidades ao concordar com o acordo. A emissora não respondeu a reportagem nesta quarta-feira (1).

O autor principal é o Plano de Pensão Local 1577 da Palm Tran Inc. Amalgamated Transit Union de Atlanta.

Seu escritório de advocacia Boies, Schiller & Flexner pode exigir até US$ 28,5 milhões do acordo em honorários e US$ 3,5 milhões em despesas.

O escritório da procuradoria dos EUA no Brooklyn revelou sua investigação sobre a corrupção no futebol internacional em 2015. Mais de 40 réus foram acusados criminalmente e pelo menos 31 se declararam culpados.

Três réus, os ex-executivos da 21st Century Fox Hernan Lopez e Carlos Martinez e a empresa argentina de marketing esportivo Full Play Group SA, estão sendo julgados no Brooklyn.

Dois outros réus, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. e o ex-presidente da CONMEBOL, Juan Angel Napout, foram condenados em julgamento em 2017.