Wild dá adeus a Roland Garros e boa campanha traz à tona caso de agressão a mulher
Wild foi a grande sensação do tênis brasileiro em Roland Garros, começando a chave principal com uma grande vitória sobre o russo Daniil Medvedev, número 2 do mundo, na primeira rodada de Roland Garros. A "zebraça" lhe deu moral para derrotar, logo na sequência, o argentino Guido Pella.
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O desempenho do brasileiro, número 172 do mundo, no entanto, trouxe à tona um passado nebuloso envolvendo Wild, acusado de violência e abuso moral por Thayane Lima, com quem manteve relacionamento por quase dois anos.
Os processos
Foram quatro processos em diferentes varas envolvendo as duas partes. Thayane processou Wild por injúria e violência doméstica, além de solicitar indenização por danos morais. A influencidadora digital acusa o tenista de abuso psicológico e injúrias desde o fim do relacionamento em agosto de 2021, além de relatar que o tenista fez uso de substâncias proibidas durante todo o relacionamento.
Os dois processos foram arquivados, mas seguem em aberto um que corre em sigilo de Justiça pedindo pensão alimentícia por conta dos danos morais e materiais à influenciadora, além de um movido por Wild contra Thayane. O tenista afirma que foi vítima de extorsão.
Silêncio em Roland Garros e acusação de intimidação
Conforme avançou em Roland Garros, a história de Wild chamou atenção da imprensa internacional. O brasileiro foi questionado pelos jornalistas sobre o caso de agressão à ex-namorada, mas se recusou a comentar o tema.
O jornalista holandês Jannick Schneider, que questinou o brasileiro sobre as acusações, relatou que foi intimidado pelo staff de Wild após a realização da pergunta. O fato repercutiu de forma negativa entre os profissionais de mídia especializados na cobertura do tênis.
Thayane Lima se manifestou após os sucessos de Wild em Roland Garros. Ela lamentou a exaltação ao tenista e afirmou esperar que a Justiça seja feita.
"Fiquei surpresa com tanta repercussão porque as pessoas esquecem. Ele estava melhorando no tênis e ninguém falava mais disso (processo). Eu não o acompanho, não me interessa, então nem sabia da vitória. Mas depois da forma grosseira como ele respondeu sobre o processo a um repórter muita gente me procurou. Imagine como ele me tratava, se foi arrogante numa coletiva mundial?", disse Thayane, em entrevista ao jornal O Globo.
"Fiquei um pouco indignada, confesso. Porque à época fui muito clara e mostrei as coisas que ele fez comigo, via Instagram. Mostrei com aval da minha advogada a questão da violência psicológica e física. Mas também prints de colocações dele de cunho machista, racista e nazista. Gente, é muito absurdo. Tudo isso é "apagado" porque ele ganhou um jogo? Ele virou a melhor pessoa do Brasil? O Brasil o abraça?", indagou a influenciadora.