Coco Gauff pede VAR no tênis após decisão polêmica na semifinal de Roland Garros
Gauff perdeu em 6-2 e 6-4 para Iga Swiatek e foi eliminada do torneio.
"O tênis não só é o único esporte em que não temos o sistema de revisão de vídeo, mas também no qual as decisões são tomadas por uma única pessoa. Em outros esportes, geralmente há vários árbitros tomando uma decisão", alegou a americana.
"Sei que o US Open usou um pouco disso no ano passado. Sei que o usamos em nossas duplas em um determinado momento. Definitivamente, acho que é quase ridículo não termos esse recurso. Não só porque isso aconteceu comigo, mas porque acho que todos os esportes têm isso", acrescentou.
"É péssimo, como jogador, ver o replay ou acessar a Internet e ver que você estava certo depois", afirmou ela.
Discussão e choro em quadra
A polêmica aconteceu quando Coco vencia o 2º set por 2 a 1 e Swiatek tinha o saque. Com o jogo tenso, Gauff devolveu de forma displicente um serviço da polonesa, mas o saque foi cantado como fora pelo juiz de linha.
A decisão, porém, foi revertida pela árbitra de cadeira, e a americana pediu que o ponto fosse jogado novamente. A juíza não concordou e Gauff foi às lagrimas por se sentir injustiçada.
"Quando você está jogando contra ela (Swiatek), cada ponto é importante... Contra qualquer pessoa, mas especialmente contra ela. Acho que foi apenas um desses momentos, mas eu superei. Ganhei aquele game", explicou Coco Gauff.
"Portanto, normalmente não fico muito frustrada com decisões como essa, mas acho que foi apenas uma combinação de tudo o que estava acontecendo no momento", disse.
Árbitro de vídeo no tênis
O tênis já usa com o sucesso o sistema hawk-eye, mas ele define apenas se a bola foi dentro ou fora.
No ano passado, o US Open se tornou o primeiro Grand Slam a usar um sistema de replay para desafio de outros lances.
"Em algumas situações, você pode chamar o supervisor, mas não há muito o que ele possa fazer a partir desse ponto de vista. Definitivamente, acho que, como esporte, temos que evoluir e temos a tecnologia. Eles estão mostrando na TV, então não entendo por que o jogador não pode ver", disse Coco.
Swiatek não se mostrou tão certa sobre o VAR no tênis.
"Honestamente, não sei como seria logisticamente", afirmou a número 1 do mundo. "Acho que a árbitra hoje (na semifinal) estava bastante segura de sua decisão", opinou.