Enquanto no tour da WTA jogadoras importantes do passado e do presente tenham revelado ser homossexuais, nenhum jogador masculino da elite do esporte fez o mesmo até agora.
"Não tenho certeza se há jogadores homossexuais no top 100", disse Fritz em entrevista publicada no domingo de Natal pelo site Clay Tenis.
"Estatisticamente falando, deveria haver (...) Eu acho estranho, porque sinto que o jogador seria aceito”, acrescentou o número 9 do ranking mundial.
"Eu e meus amigos, outros jogadores no tour não teríamos nenhum problema com isso, seria totalmente normal e acho que as pessoas aceitariam", destacou.
O tenista de 25 anos disse que jogadores gays podem relutar em sair do armário por causa da atenção que isso geraria.
"Eu não poderia dizer por que (ninguém saiu)", disse Fritz. "Isso seria uma grande notícia e talvez as pessoas simplesmente não queiram estar no centro das atenções, talvez elas não queiram a distração de receber toda a atenção e coisas assim", ponderou.
Outra razão pode ser que esses jogadores não querem correr o risco de ser alvo de homofobia ou de serem alienados por seus pares.
Uma pesquisa da ATP com jogadores no início deste ano descobriu que 75% dos atletas relataram ter ouvido outros jogadores usarem ofensas homofóbicas, levando a turnê a formar parceria com a You Can Play, uma organização comprometida em promover a inclusão LGBTQ+ no esporte.
A pesquisa também indicou um "forte medo de rejeição, isolamento e solidão" como sendo prováveis barreiras para os jogadores LGBTQ+ revelarem publicamente sua sexualidade.
Os jogadores também revelaram que apoiam incondicionalmente a ATP nas medidas para combater a homofobia.