Australian Open 2024 será 56º Grand Slam masculino seguido conquistado por europeu
A última vez que um não europeu conquistou um dos quatro torneios mais importantes do circuito foi no US Open de 2009, quando o argentino Juan Martín del Potro bateu o suíço Roger Federer em Nova York.
Veja a chave masculina do Australian Open 2024
Desde então, das 55 finais disputadas, apenas em 6 um não europeu disputou a taça. Foram cinco tenistas que estiveram próximos de quebrar o tabu, já que o sul-africano Kevin Anderson chegou em duas oportunidades. Veja abaixo as 6 ocasiões:
Kei Nishikori (Japão) - US Open 2014
Milos Raonic (Canadá) - Wimbledon 2016
Kevin Anderson (África do Sul) - US Open 2017
Kevin Anderson (África do Sul) - Wimbledon 2018
Juan Martín del Potro (Argentina) - US Open 2018
Nick Kyrgios (Austrália) - Wimbledon 2022
Big 3 e queda dos EUA
Os 15 anos de jejum dos não europeus são muito explicados pelo domínio impressionante do Big 3: Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. Só eles levaram 44 dos 55 Slams desde o US Open de 2009. Se contarmos os 3 de Andy Murray e os 3 de Stan Wawrinka, já são 50. Carlos Alcaraz venceu 2; Dominic Thiem, Marin Cilic e Daniil Medvedev, um cada.
Outro fator que explica a hegemonia europeia é a queda impressionante do tênis masculino dos Estados Unidos. A nação que mais venceu Slams entre os homens (147) não ganha desde Andy Roddick no US Open de 2003. O mesmo Roddick foi o último tenista dos EUA finalista, em Wimbledon 2009.
Desde que os 4 torneios se estabeleceram juntos no calendário do tênis em 1925, o maior jejum havia sido de 21 Grand Slams, entre Roland Garros 2004 e o US Open de 2009. Esse período foi justamente quebrado pela conquista de Del Potro, o marco inicial do atual jejum.