O grande ausente deste ano (e do próximo?) é Rafael Nadal: de volta à ação na semana passada em Brisbane depois de quase um ano de ausência, o campeão espanhol se retirou devido a uma "micro lesão muscular".
Com 24 troféus importantes em seu nome, incluindo três que datam de 2023, o número 1 do mundo já é o campeão de Grand Slam mais bem-sucedido, à frente de Nadal (22) e Roger Federer (20). Mas, atualmente, ele compartilha o recorde absoluto com a australiana Margaret Court, que o estabeleceu nas décadas de 1960-70.
Um 25° título de Grand Slam daria ao sérvio de 36 anos, com suas ambições sem limites, esse cobiçado recorde. Tudo por conta própria. "Não é segredo que quero vencer os outros e continuar a escrever a história do tênis", proclama abertamente Djokovic, já detentor de uma série de recordes.
Como ele poderia não ser o ultrafavorito nas quadras ensolaradas de Melbourne, que se tornaram praticamente sua casa desde seu primeiro título importante em 2008?
Pulso em alerta
Djokovic venceu o torneio australiano por 10 vezes, a última delas em 2023. Ele nunca perdeu uma final ou uma semifinal nesta competição. E ele não perde por lá desde 2018, deixando de lado 2022, o ano de sua exclusão por falta da vacina contra a Covid-19.
No começo deste ano, houve um susto com seu pulso direito em Perth, durante a United Cup. Mas Djokovic, apesar de ter sido derrotado por 6-4 e 6-4 por Alex de Minaur, não ficou alarmado.
"Acho que vou ficar bem", garantiu ele imediatamente. "Tenho tempo suficiente para estar em forma para o Aberto da Austrália, e isso é o mais importante", acrescentou.
"Já passei por esse tipo de situação tantas vezes que sei o que tenho que fazer para estar pronto. Em 2021 e 2023, me machuquei no Aberto da Austrália e, nas duas vezes, consegui vencer o torneio", lembrou ele sobre suas duas campanhas vitoriosas apesar de duas rupturas musculares (abdômen e coxa).
O sérvio, que treinou sem nenhum desconforto visível durante a semana, dará início à sua quinzena australiana contra um qualifier, o croata Dino Prizmic, neste domingo (14). Pela primeira vez, o Aberto da Austrália está sendo disputado em duas semanas com o objetivo de evitar partidas que se arrastam pela madrugada.
Pedras no caminho
No outro extremo do sorteio, Carlos Alcaraz, o atual número 2 do mundo, está de volta depois de uma edição perdida (lesão muscular na perna), com um status completamente diferente: às portas do top 30 em 2022 (derrotado na 3ª rodada por Berrettini), o espanhol, entretanto, tornou-se um vencedor duplo de Grand Slam (US Open 2022 e Wimbledon 2023) e o mais jovem número 1 do mundo na história no final de 2022.
Tal como Daniil Medvedev (3°), duplo finalista em Melbourne (2021 e 2022), e Jannik Sinner (4°), cujo final de 2023 é marcado por duas vitórias em três jogos contra Djokovic, Alcaraz está atacando o Australian Open sem um torneio preparatório.
Swiatek em alta
No torneio feminino, as quatro primeiras colocadas, lideradas por Iga Swiatek, que tem sequência de 16 vitórias, parecem ter a vantagem, mas o campo está repleto de armadilhas, com Sofia Kenin, que ganhou o título em Melbourne em 2020, como sua primeira adversária.
Assim como Djokovic, a número 2 do mundo Aryna Sabalenka, a atual campeã, começará sua campanha neste domingo contra uma qualifier, a alemã Ella Seidel.
As jogadoras que se tornaram mães estão fazendo um forte retorno em Melbourne, com três ex-número 1 do mundo e vencedoras de Grand Slam: Naomi Osaka, Angelique Kerber e Caroline Wozniacki, que já chegou às oitavas de final do US Open em setembro passado.