A única coisa que impede seu fim da carreira é o desejo de representar seu país e ampliar a prateleira de triunfos em majors. As classificações e até mesmo o Torneio dos Campeões não são mais uma prioridade.
Djokovic tem um número recorde de títulos de Grand Slam (24), troféus de Masters (40) e semanas como número um do mundo (428). Além disso, há algumas semanas, com o triunfo nos Jogos Olímpicos de Paris, conquistou a última peça que faltava no quebra-cabeça para ter todas as conquistas possíveis.
"Semanas como essa me ajudam a continuar. Antes, eu não sentia essa falta de motivação, ela sempre vinha por conta própria e era meio que automática. Mas, nos últimos dois anos, não é mais assim. Se eu quiser prolongar minha carreira, tenho que gostar de tênis e escolher cuidadosamente os torneios em que vou jogar.”
A declaração veio após a vitória da Sérvia sobre a Grécia na partida de qualificação para a final da Copa Davis de 2025. Depois da exibição desta terça em Sofia, na Bulgária, com o amigo Grigor Dimitrov, ele seguirá para o penúltimo evento Masters do ano em Xangai, onde triunfou quatro vezes e fará sua primeira aparição em cinco anos.
"Depois disso, veremos o que acontece. Eu costumava planejar minha agenda com seis meses de antecedência, mas não é mais o caso. Preciso descansar física e mentalmente agora para poder começar a pensar em meus planos futuros."
Ele não lutará pelo Torneio dos Campeões em Turim, que dominou nos últimos dois anos, e não se importa mais com sua classificação. "Honestamente, Turim não é meu objetivo de forma alguma. Não vou lutar pela participação. Não quero mais esses torneios pelo resto de minha carreira", disse ele com um sorriso. "E o mesmo vale para a posição no ranking", acrescentou.
"Não posso lhe dizer agora quais torneios jogarei este ano ou no próximo. Minha principal prioridade é a equipe nacional e os Grand Slams, todo o resto é menos importante", disse o detentor de 99 títulos, enquanto descartava competir em seu evento ATP 250 em Belgrado, em novembro.
Djokovic encerrará a temporada sem um único triunfo em Grand Slam pela primeira vez desde 2017. Na atual temporada, ele só conseguiu reinar supremo nas Olimpíadas, que era, no entanto, seu maior objetivo este ano.
Ele começou no saibro de Paris menos de dois meses após a cirurgia de menisco, não perdeu um único set e superou o maior favorito Carlos Alcaraz na final.
Em sua recente defesa no US Open, ele parou na terceira rodada e registrou seu pior resultado em Grand Slam desde o Australian Open de 2017. Ele está em quarto lugar na classificação e chegou a ocupar o nono lugar na classificação desta temporada.