Nadal e Osaka retomam a temporada de tênis na Austrália; Djokovic na United Cup
Depois de entrar para a história do tênis mundial em 2023 conquistando um 24º Grand Slam, o sérvio ainda mantém intacto seu apetite por troféus: quer completar o Grand Slam da temporada e almeja o ouro olímpico nos Jogos de Paris, após ter ficado com a medalha de bronze em 2008, em Pequim.
Depois de uma partida amistosa perdida na quarta-feira em Riad para o espanhol Carlos Alcaraz (4-6, 6-4, 6-4), seu perseguidor mais próximo no ranking da ATP, o número 1 do mundo vai participar, a partir da próxima sexta-feira, da United Cup, uma competição mista de países que acontece em Perth e Sydney.
Ele deverá usar este torneio como preparativo para a defesa do título no Aberto da Austrália, a partir de 15 de janeiro.
Em Perth, o sérvio de 36 anos enfrentará China e República Tcheca no grupo E. Seu primeiro adversário será o chinês Zhizen Zhang (58º do ranking), de 27 anos, e na terça-feira terá pela frente o tcheco Jiri Lehecka (31º).
Djoko fará dupla com Olga Danilovic nas duplas mistas, para enfrentar especialmente a tcheca Marketa Vondrousa (7ª), atual campeã de Wimbledon, e a chinesa Qinwen Zheng (15ª).
Caso superem a fase de grupos, farão um duelo no dia 3 de janeiro nas quartas de final contra o vencedor do grupo C: os Estados Unidos, atuais campeões do torneio liderados por Taylor Fritz (10º) e Jessica Pegula (5º), Grã-Bretanha ou Austrália.
Nadal e o provável início do fim
Rafael Nadal, ex-número 1 do mundo, agora número 670 após uma temporada praticamente em branco devido a uma lesão no quadril, retorna às quadras no torneio ATP 250 de Brisbane, no dia 31 de dezembro.
Aos 37 anos, o espanhol considera que 2024 deverá ser o seu "último ano" no circuito mas, avisou, sem poder "garanti-lo 100%".
"Trabalhei muito para voltar a competir e se de repente as coisas e o meu físico me permitirem seguir em frente e eu gostar do que estiver fazendo, por que vou estabelecer um prazo? Acho que não faz sentido", explicou ele em um vídeo postado nas redes sociais no início de dezembro.
A última partida oficial do espanhol, vencedor de 22 torneios do Grand Slam, foi a derrota na segunda rodada do Aberto da Austrália, em janeiro de 2023.
Depois de passar por uma cirurgia no quadril, ele diz que só deseja "ser competitivo" em Brisbane.
Alcaraz e Sinner em alta
O espanhol Carlos Alcaraz e o italiano Jannik Sinner são vistos como os mais prováveis sucessores de Djokovic e Nadal. Com apenas 20 anos, Carlitos já conseguiu vencer dois Grand Slams (US Open 2022 e Wimbledon 2023) e ser o número 1 do mundo, mas ainda não encontrou consistência ao longo de uma temporada inteira como fazem os mestres.
Há grandes tenistas no circuito, como Medvedev, Tsitsipas, Zverev, Rublev, de Miñaur, Tiafoe e Rune, mas quem dá sinais de que será o grande adversário de Alcaraz na próxima década é Sinner, apesar de aos 22 anos ainda não ter disputado uma final de Grande Slam.
Sinner foi um dos jogadores que terminou 2023 em melhor momento, chegando à final do ATP Finals (com derrota para Djokovic) e levando a Itália à vitória na Copa Davis.
Osaka volta em busca do trono de Swiatek
Iga Swiatek, novamente número 1 do mundo após a vitória no Masters de Cancún, em novembro, também iniciará sua temporada na United Cup. Com a Polônia, enfrentará no grupo A Brasil e Espanha, que não poderá contar com Alcaraz.
Em Perth, Swiatek, de 22 anos, terá um acirrado duelo individual contra a brasileira Bia Haddad (11ª) e depois contra a espanhola Sara Sorribes (48ª). Em seguida, jogará ao lado de Hubert Hurkacz, nº 9 do ranking da ATP, nas duplas mistas.
Depois, lutará para conquistar um 4º Grand Slam em Melbourne, após chegar à semifinal em 2023.
O retorno mais aguardado do circuito feminino é o da japonesa Naomi Osaka. Ausente das quadras desde setembro de 2022, primeiro para cuidar da saúde mental e depois devido a sua maternidade, a vencedora de quatro majors pode se tornar, aos 26 anos, a grande ameaça ao trono de Swiatek, que já ocupou em 2019.