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Sonhos Olímpicos: maturidade e bom momento contam a favor de Hugo Calderano em Paris

Daniel Ottoni
Calderano foi campeão do WTT da Eslovênia em junho
Calderano foi campeão do WTT da Eslovênia em junho WTT
Hugo Calderano tem se mantido firme e forte no top10 do tênis de mesa mundial desde que entrou, com muitos méritos, neste seleto grupo. Já são sete anos batendo de frente com asiáticos e europeus, sendo um intruso sul-americano em um esporte que tem o Brasil com pouca tradição. Em Paris, ele chega como cabeça de chave e quer ir além do histórico resultado das quartas de final da Olimpíada de Tóquio, o melhor do país nos Jogos.

Os resultados de Hugo comprovam que ele se trata de um fenômeno, chegando aos Jogos ocupando a posição de número seis no ranking mundial.

A construção feita nos últimos anos lhe dá a certeza de que a chance de uma medalha é real. Ao mesmo tempo, a concorrência seguirá pesada, com seu feitos lhe motivando a acreditar que um histórico pódio é possível.

"Sempre fui um cara consistente, de trabalhar duro para seguir os sonhos. Não tive um ponto específico de virada na carreira. Minha meta em 2024 é uma medalha em Paris, chego com confiança, mesmo sabendo que terei vários atletas de alto nível pela frente. A concorrência é muito forte", comenta o mesatenista, que indica um número de pelo menos 12 adversários com condições reais de pódio. 

Vindo de um país onde o tênis de mesa não é uma potência, ele sabe que seu resultado pode ser objeto de transformação. "Uma medalha pode inspirar outros atletas do Brasil e também da América do Sul. Ainda estamos longe das potências, mas será um passo importante. Qualquer esporte precisa de ídolos e resultados, de pessoas que marquem a história. Me vejo no caminho para ajudar o tênis de mesa a se tornar mais popular. Quem sabe consigo ajudar o Brasil a se tornar uma potência?", projeta.

Se o sonho de Hugo, que era distante, tem se confirmado, porque não acreditar em tantos outros?

Maduro, consistente e em boa fase

Para isso, uma medalha em Paris pode ser o divisor de águas. Na capital francesa, Hugo vai para sua terceira participação olímpica, chegando agora no momento mais maduro da carreira. "Em 2016, eu era jovem, não era nem top 50, não brigava por medalha. Cheguei nas oitavas, foi um resultado incrível.

"Desde Tóquio, a abordagem já é diferente, chegando com mais experiência, me mantendo entre os melhores e conquistando títulos internacionais. Sempre joguei no nível mais alto que podia, tentando deixar tudo na mesa, sem arrependimento. É preciso estar preparado para aproveitar a oportunidade que aparecer. 

Barreira chinesa

Apesar da globalização que também se apresenta no tênis de mesa, Hugo indica que a grande favorita segue sendo a China. 

"Eles estão um passo à frente de todos há vários anos. Com alguma frequência, conquistam ouro e prata nos torneios mais importantes, o domínio é bem expressivo. Os outros que lutem pelo bronze. Depois, aparecem outros países da Ásia, além da Alemanha. Tóquio mostrou que é possível derrotá-los, eles ficaram perto de perder, o que não tira sua representatividade", revela.