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Azarenka chama torcida de "bêbada" após ser vaiada em jogo contra ucraniana em Wimbledon

Alex Xavier, com AFP e Reuters
A bielorrussa saindo sob vaias na Quadra Um
A bielorrussa saindo sob vaias na Quadra UmAFP
Victoria Azarenka criticou o público por a ter vaiado após sua derrota para Elina Svitolina, neste domingo (9), em um duelo político pelas oitavas de final de Wimbledon.

Depois da derrota por 2-6, 6-4, 7-6 (11/9), a bielorussa Azarenka não apertou a mão de Svitolina, pois sabia que a ucraniana não da a mão a tenistas bielorrussas e russas em protesto contra a invasão da Ucrânia.

Azarenka cumprimentou a rival à distância, mas a maioria dos torcedores aparentemente não viram o gesto e vaiaram a número 20 do mundo quando ela deixava a quadra.

Azarenka parabeniza Svitolina à distância
Azarenka parabeniza Svitolina à distânciaReuters

A torcida apoiou em massa a ucraniana durante as 2 horas e 46 minutos de uma emocionante partida, e vibrou muito quando ela finalmente fechou o placar.

"Não foi justo. É o que é. O que posso fazer?", disse Azarenka na coletiva pós-jogo.

"Não fiz nada de errado, mas não posso controlar o público. Não tenho certeza se muitas pessoas entenderam o que estava acontecendo. Mas se as pessoas vão se concentrar apenas nos apertos de mão ou em uma torcida bêbada, vaiando no final, é uma pena", criticou ela.

Svitolina e Marta Kostyuk foram recentementes vaiadas pelo público em Roland Garros por não apertarem a mão da bielorrussa Aryna Sabalenka.

No US Open do ano passado, Kostyuk deu apenas um toque na raquete após sua derrota para Azarenka.

"Foi assim para mim em Paris. Também foi injusto", disse Svitolina após o jogo deste domingo, que acredita que as vaias poderiam ser evitadas se as autoridades do tênis emitissem uma declaração explicando a posição dos atletas ucranianos.

Elina Svitolina jogou com o apoio da galera
Elina Svitolina jogou com o apoio da galeraAFP

Wimbledon respondeu nesta terça dizendo que não vai emitir nenhuma comunicado sobre a posição política das jogadoras.

"Eu já disse várias vezes que, até que as tropas russas saiam da Ucrânia e recuperemos nossos territórios, não vamos apertar as mãos. Portanto, tenho uma declaração clara", reafirmou.

Apesar da polêmica, Svitolina descreveu a vitória como o "segundo momento mais feliz" de sua vida, depois do nascimento de sua filha com o tenista francês Gael Monfils. Svitolina, 28 anos, só retornou à turnê em abril, após a licença maternidade.

"Quando jogo contra russos e bielorrussos, sinto mais pressão, pois preciso vencer. É por isso que é muito importante conseguir esse tipo de vitória. À minha maneira, trazer essa vitória, uma pequena vitória, para a Ucrânia", disse ela.

Svitolina, número 76 do ranking, enfrenta nas quartas de final a número um do mundo Iga Swiatek.

Já Azarenka joga duplas com Bia Haddad Maia nesta segunda (10), se a contusão da brasileira permitir.

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