Para um campeão que se acostumou a atropelar os adversários enquanto acumulava quase 100 títulos em sua carreira, esse período de vacas magras não é algo a que ele esteja acostumado.
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Djokovic, de 37 anos, perdeu em sua fortaleza do Aberto da Austrália no início do ano, com sua tentativa de conquistar o 11º título recorde em Melbourne Park sendo interrompida nas semifinais.
Uma lesão no joelho encerrou prematuramente sua defesa do título do Aberto da França no mês passado.
Portanto, quando ele chegou à final do All England Club após uma vitória de 6-4, 7-6(2) e 6-4 sobre Lorenzo Musetti nesta sexta-feira (12), ele finalmente estava correspondendo às suas grandes expectativas.
Em seu caminho para o oitavo título de Wimbledon, que o levará a igualar a marca de Roger Federer, está o espanhol Carlos Alcaraz, que derrotou Djokovic no confronto pelo título do ano passado.
"Estou ciente de que Roger tem oito Wimbledons. Eu tenho sete. A história está em jogo. Além disso, o 25º Grand Slam em potencial. Isso serve como uma grande motivação, mas ao mesmo tempo é também muita pressão e expectativas", disse Djokovic aos repórteres.
"Toda vez que entro em quadra agora, embora tenha 37 anos e esteja competindo com jovens de 21 anos, ainda espero vencer a maioria das partidas, e as pessoas esperam que eu vença 99% das partidas que disputo.
"Sempre tenho que entrar em quadra e dar o meu melhor para continuar no mesmo nível de Carlos, Jannik (Sinner), Sascha (Alexander Zverev) ou Daniil (Medvedev)."
Depois de vencer três dos quatro majors na temporada passada, Djokovic passou por uma fase decepcionante este ano, com as lesões aumentando seus problemas.
De fato, por um tempo, parecia que ele não poderia competir em Wimbledon deste ano, depois de precisar de uma cirurgia no joelho por causa de uma ruptura do menisco há apenas cinco semanas.
No entanto, agora ele está prestes a vencer o 25º Major e quebrar um recorde que já dura mais de meio século, já que Margaret Court venceu seu 24º Slam em 1973.
"Este ano não foi muito bem-sucedido para mim", acrescentou o sérvio. "Provavelmente, os primeiros seis meses tiveram os resultados mais fracos que eu já tive em muitos anos. Não faz mal.
"Tive de me adaptar e aceitar isso e tentar encontrar uma saída para a lesão que tive e me reagrupar. Em Wimbledon, historicamente, houve temporadas em que eu não estava jogando no nível desejado, mas eu ganhava um título de Wimbledon e as coisas mudavam", acrescentou Djokovic, que passou por Federer para vencer a final de 2019 depois de salvar dois match points contra ele.
"Wimbledon extrai o melhor de mim e me motiva a realmente sempre aparecer e ter o melhor desempenho possível."