Tribunal espanhol autoriza liberdade provisória de Daniel Alves sob fiança
Na decisão, a Audiência de Barcelona autoriza a libertação do jogador de 40 anos "mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros", após a qual serão retirados os passaportes espanhol e brasileiro de Alves.
Além disso, ele deverá permanecer afastado da vítima do estupro, crime pelo qual foi condenado a quatro anos e meio de prisão.
A sentença é objeto de recurso tanto por parte da defesa, quanto da promotoria, que pede uma pena maior para o ex-lateral.
Com a decisão, que ainda pode sofrer apelo, Daniel Alves deixará a prisão pela primeira vez após 14 meses.
"Fator atenuante"
A justiça, que mencionou o risco de fuga para rejeitar os pedidos anteriores de liberdade de Daniel Alves, considera agora que "a passagem do tempo" é um "fator atenuante" de critérios anteriores.
Na audiência de terça-feira, o brasileiro, que estava na prisão e participou por videoconferência, declarou aos juízes que não fugiria caso recebesse o benefício da liberdade provisória e que acredita na justiça, apontaram as mesmas fontes.
Os argumentos não convenceram, no entanto, o Ministério Público, que continuou contrário à libertação do ex-jogador do Barcelona e do Paris Saint-Germain, entre outras equipes, por considerar que o risco de fuga é elevado.
Após um julgamento com grande cobertura da imprensa, a seção 21 da Audiência de Barcelona condenou Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma mulher no banheiro de uma casa noturna da cidade espanhola no final de 2022.
A sentença também determina cinco anos adicionais de liberdade supervisionada, uma ordem de restrição que impede sua aproximação da vítima durante nove anos e meio e o pagamento de uma indemnização de 150.000 euros (820.000 reais).