A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) disseram que a decisão, anunciada em uma coletiva de imprensa em Nyon, na sede suíça da UEFA, teve o total apoio da entidade que dirige o futebol europeu e também dos governos espanhol, português e ucraniano.
"Nossa candidatura não é mais uma candidatura ibérica, é uma candidatura europeia", resumiu Luis Rubiales, presidente da RFEF.
"Estou convencido de que agora nossa oferta é muito melhor do que antes. O futebol é universal e se ele é capaz de mudar a vida das pessoas de tantas maneiras, ele também deve ser usado para fazer o bem", acrescentou Rubiales.
As federações saudaram a decisão como um ato de solidariedade em meio à atual guerra na Ucrânia.
A candidatura conjunta irá competir com a colaboração entre Egito, Grécia e Arábia Saudita, e uma proposta conjunta sul-americana de Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile.
Rubiales disse que os detalhes da integração da Ucrânia na licitação hispano-portuguesa seriam anunciados nos próximos meses.
"Estamos convencidos de que até 2030 teremos paz na Europa e que a Ucrânia poderá sediar (o torneio) da melhor maneira possível", disse o presidente da FPF, Fernando Soares Gomes da Silva, na coletiva que teve a presença do chefe da federação de futebol da Ucrânia, Andriy Pavelko.
As forças russas invadiram a Ucrânia em 24 de fevereiro na maior operação militar vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Dezenas de milhares de pessoas foram mortas durante sete meses de luta, milhões fugiram e cidades e vilas foram reduzidas a escombros.
Em uma declaração divulgada na quarta-feira, a Federação Espanhola disse: "A candidatura (de Espanha, Portugal e Ucrânia) fortalece os laços com a Europa, gerando esperança e fornecendo ferramentas de reconstrução ao povo ucraniano, que expressou seu orgulho e gratidão por participar deste projeto".
A Copa do Mundo de 2022 terá início em 20 de novembro, no Catar, e o torneio de 2026 acontecerá em Estados Unidos, Canadá e México.