Na comemoração, o jovem de 20 anos tirou a camisa e a exibiu para a torcida adversária. O zagueiro Di Benedetto, do Universitario, foi tirar satisfações e partiu para cima de Ryan.
Veja como foi Universitario 1x2 Corinthians
Jogadores do Corinthians tentaram acalmar os ânimos, mas o caos se instalou. A torcida peruana começou a arremessar copos e objetos no gramado, na direção dos brasileiros. A polícia entrou em campo para intervir.
Alguns atletas do Universitario chegaram a partir para a briga com os policiais. Eles bateram nos escudos dos agentes e tentaram empurrá-los.
Ao escaparem da confusão, os corintianos foram se proteger no banco de reservas. A polícia formou um bloco de proteção para impedir que os jogadores do Timão fossem atingidos. O time brasileiro ficou por lá durante cinco minutos até voltar a campo.
Antes de autorizar o retorno, o árbitro Wilmar Roldán distribuiu cartões vermelhos para Ryan e Matheus Araújo, do Corinthians, e Calcaterra e Di Benedetto, do Universitario. O peruano Piero Guzmán, que estava no banco, também foi expulso.
A confusão paralisou o jogo por cerca de 10 minutos. Mesmo com o cenário hostil, Roldán deu continuidade ao duelo. A partida só terminou aos 67 do segundo tempo.
Entenda o clima de guerra
A tensão entre Corinthians e Universitario começou no jogo de ida, na Neo Química Arena, na última terça (11). O preparador físico dos peruanos, Sebastián Avellino, praticou atos racistas no fim da partida e foi preso. Ele segue detido no Brasil.
Na sexta (14), o Universitario entrou em campo com uma faixa de apoio a Avellino, em um jogo do Campeonato Peruano. O episódio inflamou a torcida peruana, que criou um clima de guerra para a volta contra o Timão.
Nesta terça, autoridades recomendaram que a delegação do Corinthians fosse para o Estádio Monumental de Lima em um veículo da polícia. Havia risco de ataques dos torcedores do Universitario ao ônibus alvinegro. O clube rejeitou a sugestão e chegou a considerar um W.O., mas disputou a partida normalmente.