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Valverde e Nibali dizem adeus ao ciclismo no Giro da Lombardia

Valverde e Nibali dizem adeus ao ciclismo no Giro da Lombardia
Valverde e Nibali dizem adeus ao ciclismo no Giro da LombardiaLuca Bettini/AFP
Pareciam eternos, mas chegou a hora de duas lendas largarem os pedais. O espanhol Alejandro Valverde e o italiano Vincenzo Nibali, dois campeões com longa trajetória, disputarão a última corrida de suas carreiras no Giro de Lombardía no próximo sábado (8).

Colocada no final da temporada e disputada em um cenário belíssimo, a clássica das folhas caídas servirá este ano como tapete vermelho para homenagear a aposentadoria de duas lendas que, por sua longevidade, títulos e aura, marcaram as últimas duas décadas de ciclismo, também seu lado mais sombrio.

Será estranho não ver "El Bala", 42 anos, e o Tubarão de Mesina, que em breve completará 38 anos, no pelotão. Juntos, eles acumulam 185 vitórias, das quais 133 são do espanhol e, muitas delas, as corridas mais importantes do ciclismo.

Valverde (Movistar) foi campeão mundial em 2018, conquistou quatro edições da Liège-Bastogne-Liège, quatro Fleche Wallonne, ​​a Vuelta a España de 2009 e 17 vitórias em etapas em grandes voltas.

Nibali (Astana), por sua vez, conseguiu vencer o Giro d'Italia (em 2013 e 2016), o Tour de France (em 2014) e a Vuelta a España (em 2010), além de duas clássicas monumentos italianas, a Milan-San Remo e o Giro da Lombardia, onde venceu duas vezes em 2015 e 2017.

“É uma grande honra terminar minha carreira em uma das minhas corridas favoritas”, insiste o ídolo dos italianos, que soube ficar longe dos casos de doping.

Competitivos

Não foi o caso de Valverde. Ele foi suspenso por dois anos em 2010 por seu envolvimento em um escândalo de doping. Mas nos últimos anos conseguiu manter sua longevidade excepcional.

Embora ambos os ciclistas tenham recebido honras onde quer que tenham estado nos últimos meses, a última dança dos dois não foi uma festa, eles querem a vítória no final de suas carreiras.

Ao atacar no final do Tres Valles Varesinos, na última terça-feira (2), Nibali viu "bons sinais para o Giro di Lombardia" em que ele não pensa em se esconder no pelotão em sua última volta em um percurso acidentado que lhe cai como uma luva.

Valverde, por sua vez, vem conseguindo bons resultados com regularidade, sendo o segundo na Coppa Agostini na última quinta-feira (29), o quarto no sábado no Giro da Emilia-Romagna, o terceiro na terça... Essa que foi uma clássica que sempre lhe escapou, apesar de três segundos lugares em 18 participações.

Belga Philippe Gilbert também se aposenta

"Tenho que estar muito feliz com minhas últimas corridas. Acho que sou um dos favoritos no Giro da Lombardia. Hoje estou em boa forma para lutar pela corrida. Além disso, gosto mais do percurso do que em outros anos", assinala o espanhol, que pretende continuar a "aproveitar o ciclismo de outra forma" após a sua aposentadoria.

Valverde e Nibali não serão os únicos grandes nomes a parar de pedalar esta semana. No domingo, será a vez do belga Philippe Gilbert dar suas últimas pedaladas como profissional durante a Paris-Tours.

Uma bela maneira de encerrar a carreira do campeão mundial de 2012, que soma 80 vitórias: "Foi importante para mim terminar aqui porque foi onde consegui minha primeira grande vitória em 2008", lembra Gilbert, que conquistou quatro das cinco clássicas monumento (Lombardia em 2019 e 2010, Liège-Bastogne-Liège em 2011, Tour de Flandres em 2017 e Paris-Roubaix 2019).

Outros já o fizeram nas últimas semanas, como Richie Porte ou Tom Dumoulin. Mesmo o insaciável Davide Rebellin, vencedor da Triologia das Ardenas em 2004 (Amstel Gold Race, Fleche Walloon e Liège-Bastogne-Liège) e que parecia eterno, terminará sua carreira aos 51 anos.

O italiano, que ainda corre em um nível muito respeitável em uma equipe da terceira divisão, fará sua última prova em 16 de outubro no Veneto Classic.