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Várias equipes da F1 querem a Honda como parceira em 2026

Josias Pereira, com informações da Reuters
Verstappen é premiado por representantes da Honda após conquista em 2021
Verstappen é premiado por representantes da Honda após conquista em 2021Arquivo/Honda Racing F1/Twitter Oficial
Várias equipes abordaram a Honda sobre uma parceria quando a nova era dos motores da Fórmula 1 começar em 2026, mas nenhuma decisão ainda foi tomada, disse a fabricante japonesa nesta segunda-feira (20).

A Honda tem um acordo para construir motores no Japão para a campeã mundial Red Bull e a parceira AlphaTauri, mas isso terminará em 2025.

A Red Bull montou sua própria empresa de powertrains em Milton Keynes e este mês anunciou uma nova parceria com a Ford a partir de 2026.

A Honda, que se retirou oficialmente da Fórmula 1 depois de levar o bicampeão mundial da Red Bull, Max Verstappen, ao seu primeiro título em 2021, registrou-se para ser um dos seis fornecedores de motores de 2026 a 2030.

“Depois que fizemos o registro, fomos procurados por várias equipes da Fórmula 1”, disse o presidente da Honda Racing Corporation, Koji Watanabe, a repórteres em um briefing via Zoom na sede em Sakura, Japão, nesta segunda-feira (20).

“Por enquanto, gostaríamos de ficar de olho em qual direção a Fórmula 1 está caminhando e apenas ver como as coisas acontecerão”, acrescentou.

“Por enquanto não temos nenhuma decisão concreta sobre se voltaremos ou não para a Fórmula 1".

"Mas... pensamos que fazer parte da Fórmula 1 vai nos ajudar com o desenvolvimento tecnológico. Então é onde estamos."

Watanabe disse que a direção futura da Fórmula 1 está alinhada com a própria meta da Honda de neutralidade de carbono e aumento de compostos elétricos.

"É por isso que decidimos nos registrar como fabricante de motores", explicou. “Estamos curiosos para saber para onde a Fórmula 1 está indo e como isso vai se encaixar nos nossos planos de unidades elétricas".

Combustíveis sustentáveis

A próxima geração de motores da Fórmula 1 manterá os V6s de 1,6 litros de alta rotação, mas com significativamente mais energia elétrica e combustíveis 100% sustentáveis. O esporte também tem a meta de ser neutro em carbono até 2030.

O motor da Red Bull deste ano terá o nome da montadora japonesa adicionado a ele, passando de RBPT para Honda RBPT.

Tetsushi Kakuda, líder do projeto F1 da Honda e engenheiro-chefe executivo, disse a repórteres que a empresa trabalhou para resolver problemas de confiabilidade para 2023.

Verstappen venceu 15 das 22 corridas da última temporada, e a Red Bull 17 ao todo, mas o piloto holandês abandonou duas das três primeiras provas.

"No ano passado, acredito que todos os fabricantes de motores priorizaram o desempenho em seu desenvolvimento, e nós também", disse Kakuda. “Fizemos todos os esforços para recuperar o desempenho perdido devido ao combustível E10 introduzido pela mudança de regulamento."

"Mas, como resultado, a carga interna do motor aumentou significativamente em comparação com o ano anterior e a confiabilidade foi severamente comprometida. Vários problemas surgiram durante a temporada de 2022."

Ele disse que a Honda otimizou ainda mais o controle e o gerenciamento de energia e trabalhou com os fornecedores para melhorar a precisão das peças e da montagem do motor.

Yasuaki Asaki, gerente geral da divisão de desenvolvimento de corridas de automóveis da Honda, anunciou que se aposentará no final de março.