Messi entrou em campo neste sábado com uma postura diferente da última terça-feira (22), na fatídica derrota para a Arábia Saudita. Ao ver a dificuldade argentina em conseguir sair com a bola na primeira etapa, o craque em diversos momentos saiu de sua posição, entre as duas linhas de quatro do México, e recuou para dar passes verticais.
Veja como foi Argentina 2 x 0 México
Diante de um time estático, Messi pouco encontrou seus companheiros, e também não chegou perto da área nos primeiros 45 minutos.
O segundo tempo começou diferente, com Messi buscando carregar a bola entre as linhas. A marcação mais frouxa do México, sem Andrés Guardado, substituído por lesão, possibilitou mais tabelas argentinas e a associação que seria fundamental para o gol.
Messi foi se deslocando do meio para a direita, aproximando-se do jogador argentino mais criativo em campo, Ángel Di María. Foi em tabela dos dois que o desafogo de um país inteiro surgiu.
O camisa 11 encontrou Messi livre próximo da meia-lua. Héctor Herrera ainda tentou se recuperar, mas era tarde. Em gol muito parecido com o que marcou na final da Liga dos Campeões de 2011 pelo Barcelona, contra o Manchester United, La Pulga bateu em diagonal, fugindo de Ochoa, e explodiu o estádio Lusail.
Acompanhe a cobertura completa da Copa do Mundo
Depois do grito de alívio, Messi ganhou mais liberdade pelo campo e passou a flutuar. Ele ainda deu a assistência para o gol de Enzo Fernández, após cobrança de escanteio na ponta esquerda.
O seis vezes melhor do mundo pela FIFA ampliou também seus números em Copas do Mundo. Com o gol deste sábado, o oitavo, ele se tornou o segundo maior artilheiro da seleção argentina no torneio, empatado com Diego Maradona e Guillermo Stábile. O primeiro é Gabriel Batistuta, com 10. Outra marca é a de gols fora da área em Copas, na qual também se tornou o segundo, com quatro gols — um a menos que o brasileiro Roberto Rivellino.