O boneco foi pendurado ao lado de uma faixa nas cores vermelha e branca do Atlético de Madrid, que dizia "Madri odeia o Real", durante a madrugada desta quinta, disse a polícia.
"Vinícius Júnior está ciente da situação, mas está totalmente concentrado na partida desta noite", disse a assessoria do jogador à agência Reuters.
"Ele discutirá o assunto amanhã com seu clube e o pessoal jurídico, mas sua posição ainda é a mesma de antes – ele espera punição das autoridades, não declarações oficiais", acrescentou.
Segundo a polícia, nenhuma acusação tinha sido apresentada sobre o episódio, mas eles retiraram a bandeira e o boneco no início da manhã. A autoridade já abriu uma investigação pelo que pode ser um crime de ódio.
Os dois rivais de Madri, a federação espanhola e LaLiga condenaram o ato.
Vinícius já foi submetido a abusos racistas por parte de torcedores espanhois em ao menos três ocasiões: no Camp Nou contra o Barcelona em novembro de 2021, no estádio do Atlético em setembro de 2022 e em Valladolid no fim de dezembro de 2022.
Após o incidente na casa dos colchoneros em setembro, promotores madrilenhos decidiram não apresentar queixa por cantos racistas contra o jogador, sob a justificativa de que "duraram alguns segundos".
Em dezembro, Vinícius acusou LaLiga de continuar não fazendo nada contra torcedores racistas.
O atacante do Real também já foi comparado a um macaco por um comentarista esportivo da TV espanhola no ano passado, o que motivou Vini Jr. a soltar um vídeo condenando o insulto como "xenófobo e racista". Ele também disse que "não vai parar de dançar" e que "a felicidade de um brasileiro negro sendo bem sucedido na Europa incomoda muitas pessoas".