Vôlei: Nicola Negro quer fazer seleção mexicana atingir novo patamar internacional
O novo compromisso não impede seu trabalho no Minas, uma vez que a temporada de seleções começa logo após o fim da de clubes. Desta forma, Nicola terá condições de atuar nas duas frentes. Ainda não há garantia do treinador seguir no Minas após o final da atual temporada, até pela fase inconstante que o time vive. Antes do jogo deste sábado, contra o São Caetano (SP), o Minas começou a rodada apenas na sexta colocação, posição aquém das expectativas do time que tem um dos maiores orçamentos da Superliga feminina.
Confira os resultados da Superliga feminina de vôlei
No último dia 9, o Minas foi surpreendido dentro de casa pelo Pinheiros (SP) em derrota por 3 a 0 que tirou a torcida do sério. "Ei Nicola, pede pra ir embora", gritou boa parte dos presentes na Arena Uni-BH.
A reportagem do Flashscore enviou a Nicola, via assessoria de imprensa, perguntas sobre este ocorrido e o atual momento do clube. A resposta recebida foi sucinta: "o técnico entende que é importante ter o apoio da torcida para o time seguir em frente".
Confira a entrevista exclusiva com Nicola Negro
Ficou surpreso com contato da federação mexicana?
Eu sabia que a federação mexicana estava procurando por um novo técnico para atuar no ciclo olímpico. Nos últimos anos, tive contatos com outras federações e tinha o desejo de voltar a treinar alguma seleção. Fico feliz disso ter acontecido agora e recebi este chamado com muito prazer.
Quais informações tem do time, das jogadoras e da estrutura? Quais os objetivos da seleção a curto e longo prazo?
Conheço as jogadoras, já que acompanho, constantemente, o panorama internacional. Tenho uma ideia do que é o time. O objetivo é fazer a seleção crescer e chegar no melhor resultado possível.
Uma das metas é a Olimpíada de Paris 2024?
Teremos, em setembro, a disputa do Pré-Olímpico. O novo sistema de classificação é complicado, a missão não é fácil. Encontraremos times fortes pela frente e queremos nos apresentar bem e ter o melhor resultado possível. Ainda teremos pela frente o torneio da Norceca (países da América do Norte e Central), além dos Jogos Pan-Americanos.
Maior nome segue sendo de Samantha Bricio?
Sem dúvida. Ela é uma jogadora diferenciada, tem apenas 28 anos e já tem uma carreira importante. Jogou em times importantes da Itália como Conegliano e Scandicci, além do Fenerbahce (Turquia), Dínamo Kazan (Rússia) e agora está na China (Shanghai Bright Ubest). Ela passou, praticamente, em todas as ligas importantes do planeta.
Ela é uma inspiração para as outras jogadoras?
Sim, claro, principalmente por ter uma carreira internacional bem importante, com presença em times e ligas de grandes nível. Ela é um exemplo para as mais novas, que almejam chegar no seu nível.
Quão distante México ainda está das principais potências?
Ainda existe uma diferença considerável, o México nem esteve no último Mundial, isso mostra a distância. Precisamos trabalhar para diminuir essa diferença e sermos mais competitivos para bater de frente com algumas das seleções mais fortes.
Acordo de quantos anos?
Dois anos, o contrato vai até o final da Olimpíada. Será importante começarmos bem este percurso e crescermos.