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Presença de Wallace na final da Superliga faz CBV ser punida por seis meses pelo COB

Daniel Ottoni
Wallace fez o ponto do título no último domingo
Wallace fez o ponto do título no último domingoAgência i7 / Sada Cruzeiro
A presença do oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, na final da Superliga masculina de vôlei, rendeu novas punições para o atleta e também para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Wallace recebeu autorização da CBV para estar em quadra na decisão do maior torneio do país, que aconteceu no último domingo, em São José dos Campos (SP), contra o Itambé Minas, que terminou com vitória cruzeirense. O time confirmou seu oitavo título da Superliga.

Wallace havia recebido autorização do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), ao contrário do Comitê Olímpico do Brasil (COB). A situação fez a CBV recorrer ao Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), do setor privado, para dar um parecer, que foi favorável a liberação. Apesar da autorização, a dúvida sobre a presença de Wallace persistiu até a véspera da grande decisão, com o clube celeste decidindo pela sua participação na final. 

A pena inicial de Wallace era de 90 dias de suspensão para defender clubes e um ano para defender a seleção. O motivo foi uma postagem do jogador, em sua conta no Instagram, incitando violência contra o presidente Lula. 

Os três meses de suspensão por clubes terminam neste dia 3 de maio, mas a pena, agora, foi aumentada para um ano, com a punição para jogar pela seleção aumentando para cinco anos.

Apesar de, publicamente, afirmar que se aposentou da seleção, Wallace confessou ao Comitê de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que ainda tinha o desejo de jogar pelo Brasil na Olimpíada de Paris, em 2024. A punição por clubes pode fazer Wallace perder toda a próxima temporada. 

Crítica por incitar a violência

O Comitê de Ética se manifestou sobre a atitude de Wallace, dizendo que “todo atleta olímpico é um professor. Como desejar segurança e paz quando esse atleta e professor incita violência com arma de grosso calibre envergonhando a todos que vêem no esporte a construção de bons valores e bons princípios?”

"Impossível crer que qualquer pessoa dotada de racionalidade mediana pense ser ético para um esportista olímpico sugerir tiros de arma de grosso calibre em qualquer pessoa, menos ainda na autoridade máxima do país. Impossível achar que não merece punição quem se utiliza da fama de esportista consagrado para incitar a violência contra quem quer que seja”.

Postagem em rede social rendeu punição ao oposto Wallace
Postagem em rede social rendeu punição ao oposto WallaceArquivo pessoal

CBV sem receber verbas do governo

A pena para a CBV também foi pesada, incluindo a suspensão de recursos por seis meses, sejam eles repasses financeiros, cessão de espaços físicos, material humano ou know how. Só pela Lei Piva, verba que vem das Loterias, o repasse previsto é de R$ 4,9 milhões.

A CBV pode perder outras verbas a que tem direito. Isso porque o Conselho de Ética do COB determinou que o Ministério do Esporte e o Banco do Brasil fiquem cientes que a CBV está excluída do movimento olímpico, não tendo acesso a qualquer financiamento ou ajuda material.

A orientação pode fazer com que o governo federal suspenda, por seis meses, os contratos da CBV com o Banco do Brasil, principal investidor da entidade. 

Quem também foi punido foi Radamés Lattari, presidente em exercício da CBV. Ele pegou um gancho de um ano, não podendo exercer quaisquer outras funções, diretas ou indiretas, que tenham relação com o COB e suas afiliadas.