WTA Tour volta à China em setembro após hiato de quase 2 anos
A WTA decidiu não organizar torneios na China depois que a tenista chinesa Peng Shuai desapareceu durante várias semanas em novembro, após acusar um alto funcionário de ter praticado relações sexuais "forçadas". Sua mensagem nas redes sociais ficou publicada durante apenas 34 minutos.
Semanas depois, Pen Shuai reapareceu em vários eventos. Em fevereiro de 2022, durante os Jogos de Inverno de Pequim, ela deu uma entrevista ao jornal francês L'Equipe na qual se retratou de suas acusações.
"A WTA levanta a suspensão da organização de torneios na China e os torneios voltam em setembro", disse a organização, reconhecendo no entanto que "a situação não oferece qualquer sinal de mudança" em relação a Peng Shuai.
O circuito feminino havia exigido das autoridades chinesas uma investigação "total, justa e transparente" sobre o ocorrido com a tenista como condição para que o país voltasse a sediar torneios.
"Quando em 2021 Peng Shuai mostrou coragem com seu testemunho, a WTA tomou uma posição ao suspender seus torneios na China devido a sua preocupação com sua segurança e a segurança de suas tenistas e suas equipes", lembrou a WTA em seu comunicado.
Após 16 meses, "concluímos que não atingiremos totalmente os nossos objetivos e que serão os nossas atletas e torneios que pagarão o preço extraordinário pelos seus sacrifícios", acrescenta o texto.
Até 2019, o circuito WTA contava com vários torneios em diferentes cidades chinesas desde setembro, além do Masters do final de temporada realizado em Shenzhen.