No desenho compartilhado nos 'stories' pelo jogador, que atua no Kayserispor da Turquia, uma mulher retira o capacete de um policial. "Veja, sou sua compatriota", diz a mulher.
"Largue sua arma", repete ela ao homem por três vezes, segundo o texto em persa que acompanha a imagem.
"Se deus deu a vida, porque você deve tirá-la?", continua a mulher, segundo a mensagem compartilhada por Hosseini, que conta com mais de 400 mil seguidores no Instagram.
As manifestações que sacodem o Irã desde o dia 16 de setembro e a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, três dias depois de sua prisão em Teerã por não respeitar o código de vestimenta, chegaram à seleção de futebol iraniana, muito seguida em um país onde o esporte é especialmente popular.
Durante um amistoso contra Senegal disputado na última terça-feira, na Áustria, manifestantes se reuniram nos arredores do estádio para cantar palavras de ordem contra as autoridades de Teerã e fizeram um apelo aos jogadores da seleção para que apoiem o movimento que está acontecendo no Irã.
Nesta semana, o atacante Sardar Azmoun tinha publicado em sua conta no Instagram uma mensagem interpretada como uma declaração de apoio aos manifestantes, mas a postagem foi rapidamente apagada.
Grandes nomes do futebol iraniano, como o ex-atacante Ali Karimi, se posicionaram abertamente a favor ao movimento de protestos.
Segundo um último levantamento feito na terça-feira pela agência de notícias iraniana Fars, "cerca de 60 pessoas foram assassinadas" no país desde 16 de setembro.
A ONG Human Human Rights, com sede em Oslo (Noruega), estima que a repressão às manifestações deixou "pelo menos 76 mortos".